2 de mar. de 2010

Julgo




Visitas periódicas à tua presença, encantado e protegido na tua essência. Sinto-me fraco mas confiante nesta minha esperança. Guarnecido de carinho e confiança, munido de uma força interior que te traz a lembrança, aquela recordação quase como de infância, aquele arrepio interior que percorre todo o teu corpo como se de uma gota de água se tratasse. Sentes-te insegura, sentes que um dia já falhaste, agarraste a uma incerteza, como ? Se nunca te importaste !
Não guardo rancor, não preciso de pedir favor, não tenho aquele ódio incontrolável, tenho sim, uma ferida incurável. Sinto como se nunca fosse capaz, sinto como se tivesse a infelicidade atrás. Perco tempo mas sei que o tempo não volta atrás, sei que a vida é mesmo assim, sei que nunca foi isto que quis para mim. Julgo quem nunca me julgou, sou julgado por alguém que sempre errou. Interecção sem erecção, companhia sem melancolia, gemido por um tempo indefinido, assim prevejo um simples momento que por nada se evidência.